Desde que a COVID-19 foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a economia global sofreu um grande baque. A determinação de quarentena na maior parte dos países, aliada ao fechamento das fronteiras, trouxe vários prejuízos à atividade econômica nos mais diversos setores. Para minimizar os impactos da desaceleração, a tecnologia na logística vem sendo essencial.
Exemplo disso é o uso de robôs autônomos ou drones para as mais variadas atividades, como a entrega de produtos e medicamentos em áreas de restrição de fluxo e operações à distância. Mesmo assim, as atividades logísticas vêm sofrendo grandes impactos decorrentes da crise e da interrupção de alguns negócios.
Continue a leitura de nosso post para entender melhor o cenário atual e descobrir quais ajustes são necessários para superar esse momento!
Entenda os impactos da Covid-19 no setor de logística
Com a necessidade de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus, várias empresas estão com as atividades temporariamente paralisadas. Isso acaba afetando, indiretamente, toda a cadeia produtiva. Um exemplo disso é a situação da indústria automotiva, que depende de peças fabricadas em sua maioria na China, cujo fornecimento enfrenta atualmente grandes barreiras.
Empresas dependentes de peças ou componentes de terceiros para fabricar seus produtos acabados estão, atualmente, em situação bastante delicada, uma vez que, em muitos casos, o fornecimento deixou de ser feito ou se tornou irregular.
Além disso, a interrupção temporária de atividades causa outros graves problemas, como a queda do poder aquisitivo de todas as pessoas envolvidas e a insegurança para planejar novos investimentos. Inúmeras empresas em todo o mundo dispensaram funcionários ou fizeram acordos para redução de jornada — e, consequentemente, de remuneração.
O efeito dominó de tudo isso leva a uma situação sem precedentes: faltam insumos para as fábricas e clientes para comprar os produtos. Muitas vezes, quando existe demanda, ocorrem falhas nas entregas, seja em função do fechamento de fronteiras internacionais, seja por causa das restrições de circulação local.
Quais os principais efeitos da crise no mercado logístico?
De forma resumida, algumas das principais consequências das medidas sanitárias para conter a disseminação da COVID-19 nas operações logísticas são:
- atrasos na produção, decorrentes tanto da falta de peças e componentes oriundos de regiões ou mercados mais afetados pelo coronavírus, quanto da interrupção de atividades internas, por causa da necessidade de quarentena e afastamento dos próprios colaboradores, especialmente aqueles enquadrados nos grupos de risco;
- produtos importados que demoram mais tempo para chegar ao mercado nacional, o que afeta toda a cadeia de suprimentos;
- demora nas entregas, uma vez que vários serviços também estão trabalhando com maior lentidão e restrição de colaboradores. Isso afeta o armazenamento nos portos, as entregas aéreas e até mesmo o transporte rodoviário;
- escassez de componentes e insumos, que pode levar à elevação de preços, trazendo impactos ao valor final dos produtos e afetando o consumo, já enfraquecido em função dos efeitos das medidas restritivas de circulação;
- maior risco de ocorrência de paradas ou interrupções em trabalhos que não podem ser executados de forma remota. Por exemplo, se os profissionais de uma linha de montagem precisarem ficar em isolamento, não há como exercerem suas funções em home office;
- nos varejos físicos, o movimento caiu de forma significativa. Grande parte dos consumidores passou a comprar por meio de canais online, inclusive no caso de itens básicos, como alimentos e produtos de higiene e limpeza. Uma pesquisa da Nielsen sobre hábitos de consumo durante a pandemia indica que produtos como eletrônicos e insumos para escritório também tiveram elevação de procura, provavelmente em função do aumento do trabalho remoto;
- o impacto da queda do consumo nos varejos físicos e a diminuição na produção, especialmente no caso de empresas de menor porte, leva à redução de liquidez, que compromete todo o mercado.
Descubra como reduzir as perdas apostando na tecnologia na logística
A mudança do comportamento de consumo, aliada aos novos desafios que a cadeia de abastecimento enfrenta, trouxe uma nova realidade ao setor de logística. Cada vez mais, as entregas são essenciais, embora diversas indústrias estejam enfrentando dificuldades na fabricação dos produtos finais e muitos armazéns estejam com problemas relacionados à quebra de estoques.
Por isso, inevitavelmente, as empresas que não transformarem a sua operação, adotando novas estratégias, sofrerão perdas mais relevantes nesse cenário — o qual, infelizmente, ninguém pode prever até quando se estenderá.
Assim, nesse momento, a sobrevivência das empresas que atuam no mercado logístico depende do bom senso de todos os players e da adoção de novas tecnologias. A inovação será o grande diferencial de mercado, trazendo não somente maior eficiência, mas também garantias de atendimento e qualidade aos clientes.
Vale destacar que a competitividade do setor depende do uso inteligente de novas soluções. O preço, sem dúvida, é importante (e continuará sendo após a pandemia), mas a qualidade dos serviços e a confiabilidade das entregas são diferenciais de mercado muito relevantes.
Além disso, todo o setor precisa se organizar para que não faltem mercadorias e para que empresas menores não sejam afetadas pela crise. Afinal, a saída de um pequeno fornecedor do mercado pode interferir em várias cadeias produtivas, além de elevar as dificuldades econômicas de todos os envolvidos.
Como começar a implementar as mudanças?
Como é possível perceber, todas as cadeias de abastecimento estão enfrentando enormes desafios. Assim, quanto mais ágeis forem as tomadas de decisão, mais rapidamente os problemas serão superados.
Algumas questões, como giro de mercadorias, tempo de reposição de estoques, custo de armazenamento e prazo de entrega estão, em função do cenário atual, demandando decisões diferentes do que até então vinha sendo feito.
Afinal, não é mais possível contar com a regularidade de fornecedores; ao mesmo tempo, enquanto o consumo de alguns itens foi interrompido, outros — por exemplo, gêneros alimentícios não perecíveis e produtos de higiene e limpeza, como álcool em gel, que teve uma verdadeira explosão de consumo — enfrentam grande aumento de demanda.
Assim, é fundamental que os operadores logísticos passem a investir em novas tecnologias, como automação de processos, sistemas eficientes para controle e gestão de estoques e de fornecedores e até mesmo em novos formatos de entrega para os clientes, como no caso dos drones.
Algumas soluções, nesse momento, também podem ser determinantes para a sobrevivência do negócio:
- diversificação de fornecedores;
- pontos alternativos de distribuição;
- estoques acima do habitual, para evitar imprevistos.
Use a tecnologia na logística para garantir maior segurança
É necessário começar a estabelecer uma nova cultura corporativa, promovendo a integração de informações entre todos os elos da cadeia de suprimentos, de forma a aumentar a segurança em todas as etapas. Além de ser a melhor alternativa para superar esse momento, o uso de recursos de tecnologia na logística será um importante diferencial de mercado daqui para a frente.
Sua empresa está pronta para superar os novos desafios e aproveitar as oportunidades de desenvolvimento proporcionadas por esse momento crítico? Comente abaixo quais são as principais soluções e estratégias adotadas e quais as perspectivas em longo prazo!