Entre diversos textos, e-books, blogs e tudo mais que tenho pesquisado sobre o assunto, a explicação mais robusta que encontrei para o que é Transformação Digital foi aquela que diz que a meta final é transformar o negócio em uma empresa que aprende e que é ágil e capaz de adaptar-se continuamente em um ambiente que se modifica a todo instante.
Neste enfoque, a tecnologia é um agente estratégico e não um propósito em si, mas um recurso importante para encurtar os tempos em que a empresa reconhece, analisa, decide o que fazer e parte para ação com maior assertividade diante de eventos externos.
Um dos exemplos que podem ser mencionados é o uso de AR (Augmented Reality ou Realidade Aumentada) para treinamento de operadores em novas máquinas ou mudanças em equipamentos que precisam ser operados de forma diferente para atender um novo requisito de um produto físico ou serviço.
Além de reduzir o tempo total de implementação de uma mudança, são eliminadas ou reduzidas longas etapas como atualização de manuais, uso de chamadas de telefone para suporte, etc. Tudo porque a aplicação que assiste ao operador pode intervir e orientar em tempo real o que fazer do modo correto, seguro e assertivo. Por outro lado, se o que precisa ser feito não foi devidamente definido, a tecnologia pouco pode agregar.
As fases da Transformação Digital
Um estudo de 2017 da acatech – National Academy of Science and Engineering da Alemanha – define que a construção desta transformação acontece em 6 importantes etapas.
Na fase inicial de “Computerização” ou “Robotização”, temos a base para a “digitalização” ao automatizar a execução de tarefas repetitivas com maior eficiência ou precisão do que anteriormente. Na fase seguinte, de “Conectividade”, viabiliza-se a integração de sistemas através de protocolos comuns que alimentam os sistemas de MRP/ERP de forma estruturada. Atingindo esse passo, torna-se viável a fase de “Visibilidade” onde KPIs (indicadores) com dados de diferentes regiões/setores/atividades sendo cruzados para produzirem informação de valor que passam a ter enorme significado nas ações da empresa, como o estabelecimento de metas de eficiência, revisão de planos de produção e negociação com fornecedores por exemplo.
A tecnologia IoT agregou recentemente vários sensores no chão-de-fábrica, veículos rastreados e coletores de dados em agentes externos aumentando mais a captura de um número ainda maior de dados. A fase de “Transparência” é atingida quando novas ferramentas de “Big Data” permitem o estabelecimento de relações complexas de causa-efeito a partir de oceanos de dados, como por exemplo, diferentes níveis de satisfação de acordo com a configuração de máquinas, uso de embalagens, temperaturas, etc.
A fase “Preditiva” se atinge quando a empresa consolida uma grande transparência e passa a tomar decisões a partir da simulação de cenários. Situações como o impacto de rupturas na cadeia logística podem ser projetadas e as respectivas ações necessárias, como por exemplo, a contratação de mais transportadoras, descentralização dos estoques, etc.
Por último, atingir a fase de “Adaptabilidade” a partir das predições feitas anteriormente significa delegar de forma equilibrada com base no “custo-benefício” ações como automatizar aprovações, permitir a troca de sequencia de entrega de pedidos e outras ações similares. Tais ações podem ser facilmente auditadas por algoritmos inteligentes e que beneficiem o ambiente de negócios, tanto para clientes como para fornecedores.
A Transformação Digital na pandemia
Em 2020 a COVID chegou de forma transversal e atingiu as empresas em diferentes estágios desta jornada de “Transformação Digital”. O esforço nos “bastidores” foi enorme, mas o que pudemos assistir de comum na Logística da maior parte das líderes foi como elas cumpriram de forma espetacular com o seu papel-chave de garantir entregas de produtos e insumos nas quantidades demandadas e nas condições exigidas, tanto no tempo como no custo adequado.
É sabido que os estoques médios de grande parte da rede de distribuidores e varejistas estavam abastecidos, havia capacidade de produção disponível, porém as adversidades sanitárias e de regulamentação eram enormes e o desafio foi inquestionavelmente atender o sucesso dos canais de comercio digital via Web/App e a respectiva explosão da capilaridade da entrega.
Muitas destas empresas que demonstraram grande “Adaptabilidade” se consagraram porque anteriormente investiram e puderam colher o benefício da “Visibilidade” de soluções como o Confirma Fácil, que monitora a todo instante as entregas de sua empresa, da “Transparência” do GKO FRETE, que garante o rápido acesso a qualquer etapa da gestão de fretes ou da capacidade “Preditiva” da LogPartners, que permite a construção e a comparação de diversos cenários de orçamentos, malha logística, etc.
Como a sua empresa está desempenhando? Seja qual for o porte e seja qual for o produto, é imprescindível que os gestores de logística estejam mirando e aprofundando-se nesta questão. As soluções da GKO são desenvolvidas e implementadas por especialistas e parceiros que vivem e aprendem a realidade em constante mudança de grandes empresas e que certamente irão agilizar o processo de transformação do seu negócio.
Autor
Reinaldo Almeida (linkedin.com/in/reinaldoalmeida)
Sócio da WAPIX Logística e Tecnologia
Sobre a WAPIX Logística e Tecnologia
A WAPIX é uma consultoria com sólidos conhecimentos em TI e Supply Chain orientados a servir empresas de FMCG (Fast Moving Consuming Goods) na implementação de processos e sistemas de computador.